sábado, 30 de outubro de 2010

Barbados


Estado insular independente situado a leste de São Vicente, nas ilhas de Barlavento, dentro das Pequenas Antilhas.
O território é plano ao longo da costa e montanhoso no interior. O clima é tropical, com 26,1 ºC de temperatura média anual. Tem 97 km de costa e terreno relativamente plano. Barbados é a mais oriental das ilhas do Caribe e é uma das dez nações mais densamente povoadas do mundo, com mais de 600 habitantes por quilômetro quadrado.
A maior parte da população vive em zonas urbanas e a expectativa de vida é de cerca de 75 anos. Cerca de 90% da população é negra. Composição étnica: afro-americanos 80%, eurafricanos 16%, europeus meridionais 4%.
A religião anglicana predomina no país e compreende aproximadamente 70% da população. É igualmente significativa a presença de cultos protestantes, como batistas e pentecostais. A Igreja Católica congrega uma pequena minoria (cerca de 4%). O judaísmo, o islamismo e o hinduísmo são escassamente representados no país.
O índice de alfabetização é de 97%. A educação tem sido uma das prioridades mais altas do orçamento do Governo. O país dispõe de uma rede oficial de ensino gratuito (nível fundamental), complementada por uma rede particular, geralmente de obediência a uma confissão religiosa.
O nível fundamental é concluído com o certificado de educação da Junta de Exames de Cambridge, o que garante ao diplomado o reconhecimento de seus estudos e o conseqüente acesso a universidades de língua inglesa em todo o mundo.



História


Barbados foi fundado por colonizadores ingleses em 1627 e mantém, até os dias de hoje, um forte laço com a Grã-Bretanha. A língua oficial é o inglês e as principais instituições do país, nas mais diversas áreas, são inspiradas no sistema britânico. Durante os dois séculos seguintes, a ilha foi importante centro comercial das colônias britânicas na região caribenha, tendo sido os barbadianos freqüentemente recrutados pelas autoridades coloniais para prestarem serviços em outras ilhas, como policiais ou como servidores públicos.
Apesar de ter estado, até a independência em 1966, sob ininterrupto controle britânico, Barbados sempre gozou de relativa autonomia. Isso explica o precoce estabelecimento de um sistema representativo, consubstanciado na criação, em 1639, do Parlamento ou "House of Assembly" (Casa da Assembléia), o terceiro mais antigo de todo o Hemisfério Ocidental.
Em 1640, inicia-se a cultura açucareira. Da introdução de mudas e da exploração do produto resultaram dois elementos fundamentais na formação do país: a plantation - unidades agrícolas monocultoras voltadas para a exportação – e o regime escravocrata. Essa circunstância explica o fato de Barbados ser etnicamente uniforme e manter, até hoje, grau elevado de dependência dos mercados externos.
Em 1834, foi abolida a escravatura em Barbados. Tratou-se de decisão política da Coroa britânica e que não esteve diretamente vinculada às várias revoltas de escravos que marcaram a história barbadiana. Esse fato constituiu marco importante na evolução do conceito da "representatividade" política, que se confunde, na ilha, com o de justiça social. Da data da Abolição até a data da Independência, esses dois conceitos se fundiram e os dois Partidos políticos, que se alternam no poder, inseriram idéias social-democratas em suas plataformas políticas.
Até um século depois da Abolição, os proprietários das plantations e comerciantes descendentes dos ingleses dominaram a política local. Somente em 1930 os descendentes dos escravos emancipados iniciaram um movimento por direitos políticos. Um dos líderes desse movimento, Sir Grantley Adams, fundou, formalmente, em 1938, o Partido Trabalhista de Barbados ("Barbados Labour Party-BLP"), até então conhecido como "Liga Progressista de Barbados". Em 1951, foi introduzido o voto universal para adultos e, no mesmo ano, dissidentes do Partido Trabalhista de Barbados-PTB formaram o Partido Trabalhista Democrático ("Democratic Labour Party-DLP"). A esses passos no sentido do fortalecimento da "representatividade" seguiu-se, em 1961, a transformação de Barbados em Território Autônomo. Errol Barrow, do DLP, foi nomeado Premier .
Em 1958, Barbados foi mentor da Federação das Índias Ocidentais, que resultou do esforço para contornar o problema do relacionamento dos mini-estados com a comunidade internacional. Grantley Adams, do Partido Trabalhista de Barbados, foi o primeiro e único Primeiro-Ministro da Federação, que, em 1962, acabou sendo dissolvida.
Em 30 de dezembro de 1966, Barbados tornou-se país independente e Errol Barrow, do Partido Trabalhista Democrático e protagonista dos movimentos para a independência do país, assumiu a Chefia do Governo como Primeiro-Ministro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário